• 4 de fevereiro de 2021
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A utilização do comércio online é crescente e exponencial. Algumas situações fazem com que o e-commerce tenha um boom de vendas como em períodos de férias e sazonais. Porém a pandemia do Covid-19 agilizou a mudança das lojas físicas para as virtuais. Segundo dados da consultoria italiana Finaria.it, houve um aumento de 9,5% na comparação anual em meio ao surto de coronavírus e atingiu mais de 3,4 bilhões em 2020. Espera-se que esse ano o aumento permaneça, com crescimento de 10%, para 3,8 bilhões.

Somente em 2020 a receita teve uma alta de 25%, para US$ 2,43 trilhões. A expectativa é que as receitas globais das vendas online cheguem a mais de US$ 2,7 trilhões em 2021 e continuar aumentando para US$ 3,4 trilhões em 2025.

No comércio online o setor de vestuário e acessórios se mostra o mais expressivo, estima-se gerar US$ 759,5 bilhões de receita em 2021, um aumento de 15%. A expectativa é que, em quatro anos atinja a marca de US$ 1 trilhão. Em segundo lugar, está o segmento de brinquedos e hobbies, com US$ 590,7 bilhões de receita prevista para este ano – ou 12% de incremento. Até 2025 esse número pode chegar a US$ 766,8 bilhões. Esses dois segmentos devem corresponder a um terço da receita global do e-commerce de 2021.

Empresas preparadas para o digital podem gerar US$ 5 tri para crescimento global

Segundo o estudo da Accenture, empresas que adotam soluções digitais e novos formatos de operações durante a pandemia, poderão contribuir para um crescimento mundial de US$ 5,4 trilhões desde que aplicadas de forma ampla. Baseado em um levantamento global realizado com 1.100 executivos de alto escalão e dados financeiros com validação externa, o estudo analisou o impacto da obtenção de níveis progressivos de maturidade das operações de negócios. Quanto mais maduras, maior o nível das capacidades digitais das empresas, como inteligência artificial (IA), nuvem e data analytics.

Concluiu-se que um grupo de empresas em diversos locais do mundo, aprox. 7% dobrou a sua eficiência e lucrou três vezes mais que seus concorrentes. No Brasil, as empresas prontas para o futuro, também conhecidas como “future-ready”, devem representar 42% do total de empresas no país até 2023 – um aumento de 21 vezes sobre os 2% atuais.

“Com as incertezas atuais passamos a valorizar ainda mais as formas diferentes e ágeis de fazer as coisas, reforçando a ideia de que as operações podem ser verdadeiras catalisadoras para a vantagem competitiva, valor transformacional e crescimento”, afirma Manish Sharma, diretor geral da Accenture Operations. “Mas isso só dá certo quando as empresas pensam grande – transformando a maneira como o trabalho é realizado em termos de tecnologia, processos e pessoas.”.

TENDÊNCIAS NACIONAIS

Startups do varejo batem recordes

As startups dedicadas a transformação digital do varejo, também conhecidas como retailtechs, alcançaram US$ 678 milhões em 2020. Esse valor é 30% superior ao que foi investido em 2019, onde captaram US$ 521 milhões. Os dados são do Inside Retailtech Report, levantamento mensal realizado pelo Distrito Dataminer, braço de inteligência de mercado da empresa de inovação aberta Distrito

A startup Dolado, que tem como função digitalizar pequenas e médias empresas, apresentando aos clientes comércios do entorno, recebeu investimento em dezembro. Ela captou US$ 2,2 milhões em uma rodada liderada pela Valor Capital Group, e contou com o apoio da Global Founders Capital, Provence, Norte Capital e outros investidores anjo.

Em 2020, esse segmento atingiu um número recorde de 18 aquisições e fusões, sete vezes mais do que no ano anterior. A Vindi (plataforma de pagamentos) está entre elas, a transação ficou no valor de US$ 32,3 milhões.

Atualmente o Brasil possui cerca de 731 retailtechs. A maioria delas (28,5%) está focada em soluções na operação de varejo. Em segundo lugar ficou o e-commerce com 22,7% e as dedicadas no engajamento do consumidor são 17%. Estima-se que a as startups do e-commerce continuarão em destaque durante esse ano e tíquete médio destas rodadas continue a aumentar.

O impacto da pandemia na carreira das mulheres

Devido a necessidade do isolamento social e a mudança repentina para o home office, acreditou-se que diminuiria a desigualdade entre homens e mulheres no âmbito profissional e familiar. Porém segundo estudos realizado pela Kaspersky  empresa internacional de cibersegurança, apontaram que trabalhar em casa não teve grande avanço social. Para 46% das brasileiras, está sendo difícil conciliar o trabalho com a casa, pois observou-se uma dedicação maior das mulheres para ajustar seus horários do que de seus parceiros. Cerca de 67,6% alegaram ter feito a maior parte da faxina doméstica e 78% disseram ser responsáveis pela educação dos filhos. No final 40,4% das entrevistadas acreditam que o efeito dessa pandemia atrasou o crescimento profissional nesse período.

Setor da beleza cresce mesmo durante a pandemia

O aplicativo de contratação de serviços GetNinjas, realizou um levantamento em 2020 e apontou mais de 200 mil pedidos na categoria de moda e beleza. Um aumento de 54% em relação ao ano anterior. Manicures e cabeleireiros foram os profissionais mais requisitados do app. O mês de dezembro contou com mais de 20 mil solicitações, geralmente esse mês apresenta boom de demandas devido as festas de fim de ano.

O mês de abril costuma ter queda de demanda para os cabeleireiros, porém em 2020 esse mês contou com mais de 4 mil pedidos para serviços a domicílio, mesmo período em que os salões de beleza estavam fechados.

O universo dos games movimentam 140% no mercado brasileiro

O mercado dos games em 2020 foi exponencial. Os dados da Visa Consulting & Analytics apontaram um crescimento de 140% comparado à 2019. Aumentou também a quantidade de cartões que realizaram compras de jogos ou extensões, chegando a 105%.

Esse mercado se mantém aquecido pelas soluções diferenciadas que abrangem os jogadores profissionais e os ocasionais. O volume maior de vendas, ficou por conta dos consumidores de alta renda, sendo 45% do total das transações entre abril e setembro do ano passado. Em setembro, houve um crescimento de 35% entre os clientes de alta renda em relação com o mesmo mês de 2019, impactando diretamente no faturamento de setembro, chegando a 33% a mais.

“Mesmo que a flutuação do câmbio tenha sido bastante considerável durante o ano, o volume de transações de cada mês, entre maio e setembro de 2020, superou o mês de dezembro de 2019, quando o faturamento costuma crescer por conta das festas de fim de ano”, diz Oscar Pettezzoni, diretor da Visa Consulting & Analytics.

Digitalizando a loja física

Uma tendência das grandes varejistas é tornar a experiência na loja física mais digital. A Americanas trouxe uma inovação no aplicativo móvel. A função “Modo Loja” no app, terá acesso aos produtos e encartes disponíveis naquela unidade, por meio do GPS. Descontos poderão ser ativados e poderá consultar o preço do produto escaneando o código de barras com a câmera do seu celular. O objetivo é facilitar os serviços como troca de produtos, emissão de segunda via de notas fiscais e criação da lista de compras, entre outras coisa mais.

BRF mira investimento de R$ 45 milhões em laboratórios de qualidade

Os planos da BRF para os próximos 3 anos, é investir cerca de R$ 45 milhões em seus laboratórios de qualidade espalhados pelo mundo. O foco são projetos estratégicos e de tecnologia, ampliação da capacidade e modernização das estruturas para consolidar-se como referência em segurança dos alimentos. As unidades monitoram a cadeia produtiva, desde o campo até a mesa do consumidor, somando em torno de 4 milhões de análises por ano. Cada equipe multidisciplinar conta com médicos veterinários, biólogos, químicos, engenheiros de alimentos, administradores, farmacêuticos, biotecnologistas, biomédicos e outros.

Magazine Luiza aposta em crescimento de micro e pequenos varejistas em sua plataforma

Como consequência dos impactos da pandemia, muitos lojistas analógicos precisaram fechar seus negócios. A Magazine Luiza resolveu realizar uma campanha para os pequenos varejistas visando implementá-los na plataforma Parceiro Magalu. Hoje conta com mais de 40.000 sellers e entre os benefícios estão: acesso aos milhões de clientes da companhia, serviços de logística, financeiro e de publicidade. No app há o recurso “Comércio Local”, onde o cliente consegue identificar os pequenos varejistas da sua região. Esse comerciante pode realizar entregas mais ágeis e baratas e o consumidor movimenta a economia local.

Lá Vem Bebê é a nova aquisição da plataforma ELO7

Ampliando o seu nicho de mercado, o Elo7 anunciou a compra da Lá Vem Bebê, site pioneiro em chás de bebê online. O marketplace que já possui vários tipos de produtos criativos e personalizados, conta com mais opção para levar boas experiências ao consumidor. Em agosto de 2019, a empresa incluiu também a Wedy, plataforma organizadora de casamentos, essa categoria corresponde a 10% do volume de vendas do Elo7.

Vivo Fibra chega a Trancoso – BA

Localizado no sul da Bahia, Trancoso é um destino muito procurado por turistas. Desejando atender os condomínios, pousadas, hotéis e comércios da região, a Vivo está levando a rede de fibra além da plataforma de TV e vídeo da operadora, acesso à Netflix, YouTube e Amazon Prime Video. Alguns pontos já possuem essa tecnologia e chegará em Quadrado e ao centro até o final de fevereiro.

bxblue recebe investimento financeiro de R$ 38 milhões

A bxblue fintech de empréstimos consignados, recebeu um aporte Series A de R$ 38 milhões liderado pela Igah, Ventures gestora de investimentos com foco em negócios disruptivos no Brasil e América Latina. A rodada teve ainda a participação de outros fundos de investimento, como Iporanga Ventures, FJ Labs e Funders Club. O aporte vai para ampliação da equipe, desenvolvimento de novas ferramentas no produto e integração com novos bancos. O intuito da fintech é multiplicar a receita cinco vezes mais ainda esse ano.

M&ATech Stark recebe investimento seed money da Bossa Nova 

O comitê de fintechs da Bossa Nova realizou investimento seed money na Stark, considerada a primeira M&ATech do Brasil. A Stark conecta investidores e empresários do middle-market com faturamento anual acima de R$ 20 milhões – para empresas de tecnologia a régua é de R$ 12 milhões – dispostos a avaliar propostas de investimento, fusão ou aquisição. 

Em cinco meses a Stark a assessorou o fechamento de cinco transações, que totalizaram R$ 130 milhões. Cadastrou 190 teses com critérios de investimento dos principais fundos de venture capital, private equity e grandes empresas, que somam R$ 10,8 bilhões disponíveis para fusões e aquisições de empresas no Brasil.

Hub de tecnologia e inovação é inaugurado pela ONOVOLAB 

Localizado no interior paulista, em São Carlos, o campus de inovação ONOVOLAB inaugurou o novo hub de tecnologia e inovação da Piccin Tecnologia Agrícola. Para Camilo Ramos, CEO da empresa, esse espaço é importante para a transformação digital da empresa, visando a inteligência artificial e a robotização de algumas células de produção. Eles concluíram que para se obter resultados satisfatórios era necessário conciliar o modelo de trabalho tradicional com a inovação e gestão ágil, muito usado em startups. A ONOVOLAB está presente em mais de 70 startups e também em várias empresas que visam a inovação como Mapfre, Electrolux, Roche, Santander e Ambev.

houpa! quase bate 400% de crescimento em um ano

O houpa! marketplace brasileiro e gratuito para o comércio varejista, atingiu um aumento de 395,57% nas vendas para as lojas parceiras entre novembro de 2019 e 2020. Somente no último trimestre de 2020, o incremento registrou 197,54% na plataforma.

ClapMe registra aumento de 150% e reforça o time com a chegada do Henri Karam

A plataforma digital ClapMe teve um crescimento de 150% no faturamento no ano em que as lives se tornaram cruciais para os artistas e os negócios. O Henri Karam ex-diretor da CNN Brasil chega para ajudar a desenvolver novas ideais e projetos na área de conteúdo, atendimento e operações. “Mais do que o crescimento, o ano de 2020 foi muito importante na nossa prospecção de talentos. O nosso discurso e os nossos desafios passaram a fazer mais sentido para o mercado e, assim, conseguimos trazer muitos talentos com experiência de mercado para o negócio. O Henri é um deles e traz uma experiência gigantesca de TV e uma vontade enorme de desbravar novos horizontes no digital”, diz o CEO Filipe Callil.

Comunidades ribeirinhas e indígenas do Amazonas recebem ajuda por plataforma de doações

As comunidades isoladas ribeirinhas e indígenas do estado do Amazonas, vivem dificuldades sanitárias e humanitárias, durante o período do coronavírus. A Aliança Covid Amazonas junto a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amazonas (SEMA), mobilizaram esforços para arrecadar doações de recursos e materiais para a população.

A plataforma BSocial é a ponte entre doadores e necessitados. Até o mês de outubro (2019), a iniciativa angariou R$ 32 milhões em recursos financeiros e 7,9 milhões em equipamentos e materiais. Isso possibilitou fazer doações de medicamentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testes rápidos, oxímetros, termômetros, máscaras, medidores de pressão, álcool gel e kits de higiene e remédios.

O comércio online é uma das maiores potências da economia mundial.

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Fonte: Forbers

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