• 11 de agosto de 2020
  • mktsemfrescura
  • 0
Clique para ouvir o post
Getting your Trinity Audio player ready...

A executiva relata como liderar a indústria de conteúdos adultos e atrair o público feminino.

Presente no Grupo Playboy há oito anos, Cinthia já trabalhou como gerente de marketing de produtos digitais e líder da divisão de marketing.

Agora, encarou o desafio de ser a primeira mulher a assumir o cargo de CEO da empresa, especialista em conteúdos adultos.

A executiva também está à frente das marcas PlayboyTV, SexyHot, Sextreme e Vênus, tem a missão de atrair a audiência feminina e lançar um conteúdo mais atrativo para esse público.

Nessa entrevista, Cinthia relata os planos e desafios que tem pela frente. Confira!

Você é a primeira mulher a assumir a liderança do Grupo Playboy no Brasil. Como vê esse desafio?

Cinthia: Trabalho no Grupo Globo há cerca de 12 anos. Há oito anos entrei para o Grupo Playboy do Brasil como gerente de Marketing e de Produtos Digitais e, no início desse ano, assumi essa posição de diretora-geral.

O fato de já acompanhar o mercado há bastante tempo me garantiu mais conhecimento e profundidade nos assuntos do segmento, assim me sinto segura para dar continuidade e desenvolver algo que ajudei a construir, é muito satisfatório.

Ser promovida a diretora-geral sempre traz mais responsabilidades, mas sigo animada para enfrentá-las. É sempre bom quando nosso trabalho é reconhecido, ficamos desafiados a ir além.

Além disso, uma mulher na direção de um canal adulto enfatiza o olhar feminino nos conteúdos produzidos.

Minha missão é entregar conteúdos que gerem identificação e prazer.

Quais as maiores transformações que você considera que a indústria de conteúdo adulto está vivenciando nos últimos anos?

Cinthia: Ao olharmos a linha do tempo, percebemos que a pornografia evoluiu principalmente em relação à acesso, disseminação e aceitação.

Essa evolução está relacionada às mudanças de contexto e novos comportamentos das pessoas, e, também, tem a ver com a proliferação de diferentes devices e formatos de produção.

Além disso, hoje, há uma preferência por filmes mais reais, principalmente se bem produzidos.

Considerando que realismo não é amadorismo.

É a sensação do ‘poderia ser eu’ naquela história.

Por exemplo: não necessariamente todos os homens musculosos e todas as mulheres cheias de curvas e silicone.

O biotipo dos atores pode ser diversificado e mais próximos das pessoas comuns, fora dos padrões da indústria de filmes pornôs hétero.

Assim como esse, muitos padrões estão sendo repensados e nós, no Sexy Hot, levamos muito em conta o que o nosso público quer.

Quais serão as diretrizes de sua gestão? Há alguma mudança que pretende implementar nos canais?

Cinthia: Estamos investindo em melhorias contínuas e em mudanças na nossa plataforma de streaming, esse é o nosso foco.

O sexyhot.com.br está de cara nova e com uma experiência mais completa para os assinantes.

A mudança, que já está no ar, chega para facilitar a busca por conteúdos e aprimorar a navegabilidade.

Além disso, queremos que o nosso conteúdo abrace o maior número de consumidores possíveis, onde todos consigam se sentir representados.

Vamos adaptar os filmes do Sexy Hot Produções esse ano para deficientes visuais e auditivos, disponibilizamos conteúdos trans no site, e queremos fazer com que o elenco e as histórias estejam cada vez mais diversas.

O público quer histórias mais contemporâneas e situações do cotidiano daqui.

Produzir filmes com enredos criativos, que fujam do clichê do pornô e busque a diversidade, é o nosso objetivo.

Foi nesse cenário que lançamos o selo Sexy Hot Produções, há 3 anos, para incentivar a produção nacional e valorizar justamente a qualidade dos filmes.

Acreditamos nisso e desenvolvemos esse caminho desde então.

Além de trazermos temáticas diferenciadas, com roteiros mais elaborados e recursos técnicos de alta qualidade, o canal procura se responsabilizar por toda a cadeia de produção, visando sempre o bem-estar e o cuidado com a equipe, principalmente com as atrizes. Já lançamos 59 títulos próprios.

Já há alguns anos, com a pulverização das mídias digitais, o acesso das pessoas ao conteúdo adulto ganhou novas opções.

Que papel os canais de TV ainda podem ocupar nesse contexto?

Cinthia: Queremos sempre estimular a interação do público com o Sexy Hot.

Hoje, há muitas formas de consumir pornografia, mas nem sempre elas estão associadas à legalidade e a qualidade do conteúdo.

E isso é muito importante para o desenvolvimento e credibilidade da indústria.

Seguindo as tendências atuais e com o propósito de combater o consumo da pornografia ilegal, criamos o Grupo da Pelada no WhatsApp e no Telegram.

Através de trechos dos nossos filmes, disseminamos conteúdo legal para promover a diversão de forma gratuita e responsável.

Não deixamos também de aproveitar o boom de lives que surgiu durante a quarentena.

Como líder, de que forma você pretende direcionar alguma estratégia específica para atrair a audiência feminina dos canais do grupo?

Cinthia: Sim. Desde a criação do selo Sexy Hot Produções e cada vez mais, temos um olhar feminino, que vai desde o argumento do filme, até a produção.

De acordo com a pesquisa realizada pela Quantas Pesquisas e Estudos de Mercado, por encomenda do canal, a participação das mulheres no mercado de filmes pornográficos é um destaque.

Elas não consomem pornografia com a mesma frequência e intensidade que os homens, porém veem a pornografia como algo mais funcional.

Diante disso, queremos nos aproximar cada vez mais do público feminino, sem deixar de levar em consideração os pedidos e preferências do público masculino.

Sabemos que existem muitas mulheres que falam sobre sexo e que gostam de pornô, então estamos trabalhando para atender também essa demanda de mercado.

Temos o compromisso de seguir com novas ideias, que impactem o público consumidor de pornô, com responsabilidade e transparência.

Quais são os maiores desafios que o grupo tem pelos próximos meses e anos?

Cinthia: A indústria pornô tem a vanguarda no seu histórico, sempre revolucionou o mercado.

Nosso desafio é continuar inovando e atendendo às demandas do consumidor de conteúdo adulto, por meio do selo Sexy Hot Produções.

Em 2020, vamos dar continuidade ao projeto com os lançamentos exclusivos.

Além disso, o sexyhot.com.br é um dos nossos grandes desafios de 2020. Já reformulamos o site para melhorar a experiência do usuário e seguiremos atentos ao digital.

Além dos conteúdos nacionais das produtoras mais importantes do país e do acervo do Sexy Hot Produções, temos filmes internacionais das marcas Brazzers, Venus e Sextreme.

Queremos ajudar os assinantes a encontrar o conteúdo mais adequado e específico para cada momento de consumo, ser a referência mais confiável, sinônimo de variedade e curadoria.

Fonte: Meio & Mensagem

Leia também:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *